No mundo moderno, temos acesso a informações cada vez mais instantaneamente. A internet tornou-se uma excelente fonte de informação, mas também de boatos.
Todos os dias nós recebemos e-mails do mundo inteiro, a maioria deles vem de pessoas de quem nunca ouvimos falar e das quais não temos qualquer referência. No entanto, da mesma forma como antigamente, quando se acreditava nos boatos que as candinhas contavam, hoje acreditamos nos textos que nos enviam.
Hoje vivemos a preocupação com a gripe H1N1 que toma conta do mundo inteiro. Mas não adianta as autoridades ou os especialistas darem declarações para nos acalmar, porque, como sempre, a teoria da conspiração sempre vence. Na leitura de certos e-mails sobre essa gripe, há uma ‘vontade’ de acreditar que as mortes estão sendo camufladas pelas autoridades.
Também foi assim com o vírus Ebola e a projeção de fim dos tempos. Até a crise mundial que mudaria o capitalismo parece ter ficado mais branda do que as expectativas dos boateiros.
Entre outros fatos alimentados por boateiros, quem não se lembra do ET de Varginha? A única referência sobre sua existência foi a declaração de, se não me engano, duas meninas. E nem as milhares de declarações dos oficiais do Exercito Brasileiro de que não haviam capturado nenhum ET conseguiram convencer os crédulos de que nada havia a esconder.
Se pensarmos bem, na nossa cidade, por mais que seja construído um sistema da alerta para enchentes, muitos acreditarão nos boateiros e irão checar a margem do rio, não importa a hora.
Meus prezados, a indústria do boato se autoalimenta e se expande, pois, afinal, quem conta um conto aumenta um ponto. Mas tudo tem que ser analisado com calma, com base em fatos comprovados. Não vamos substituir as mexeriqueiras de antigamente por e-mails de desconhecidos. Antes as fofoqueiras eram conhecidas, hoje, no mundo virtual, a identidade dos informantes é preservada. Vamos fazer a campanha da foto dos autores de e-mails de alerta anexada aos mesmos? Assim conheceremos a origem dos boatos.
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